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Decreto: Juramento Anti-Modernista | Contra a heresia modernista


DOM IOSEPH EUGÊNIO RATZINGER CARDEAL GHISLIERI 

POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA 

CARDEAL-PRODIÁCONO DI SANCTA JOAQUINA DI VEDRUNA

BISPO ORDINÁRIO E SUPERIOR PARA A FRATERNIDADE SACERDOTAL SÃO PIO X



JURAMENTO ANTI-MODERNISTA


A todos que a esta lerem desejo que a paz de Cristo, a constância do Espírito Santificante e o amor do Pai estejam sempre convosco; concedo-lhes com ternura e afeição a minha bênção apostólica.

   Afim de corresponder aos males modernos que cometem atrocidades em nome das necessidades do tempo, alterando a Fé e partindo para a heresia e para apostasia, vemos aqui a necessidade em nosso Instituto particular - nosso Apostolado Virtual no Habblet Hotel (jogo de realidade virtual; RPG) -, de realizarmos em um ato concreto o juramento anti-modernista do Papa São Pio X, para nos firmarmos na Fé Católica.

   A heresia do Modernismo condenada pelo Papa São Pio X, o mesmo dizia que "o modernismo é a síntese de todas as heresias", disse em sua Carta chamada Notre Charge Apostolique, dirigida aos Bispos franceses, a respeito de um movimento chamado Sillon afirmou: “os verdadeiros amigos do povo não são os revolucionários nem os inovadores, mas os tradicionalistas.” Os males do modernismo que ainda hoje se fazem proliferar, com o desabrochar de novos pensamentos revolucionários que se revestem com outras nomenclaturas têm as mesmas raízes e persistem nos mesmos erros, dos quais pela fidelidade aos Evangelhos não se pode de quaisquer maneira aprovar tais erros que resultaria na perdição das almas.

   Logo, com a finalidade de guardar a Fé em sua integralidade, isto é simplesmente ser Católico, sem que se altere, permita ou concorde com transformações ao Deposito da Fé pelas ditas passagens e aclamações do tempo, todos os integrantes de nossa Congregação, em particular, deverá recitar o juramento diante de mim, seu bispo e superior, Dom Ioseph Eugênio Ratzinger Ghislieri.


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Eis o juramento:


Eu, N.N., abraço e aceito firmemente todas e cada uma das coisas que foram definidas, afirmadas e declaradas pelo magistério inerrante da Igreja:

Principalmente aqueles pontos de doutrina que diretamente se opõem aos erros do tempo presente.

1. E em primeiro lugar: professo que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser certamente conhecido e, portanto, demonstrado, como a causa por seus efeitos, pela luz natural da razão, mediante as coisas que foram feitas (Rom 1,20), isto é, pelas obras visíveis da criação;

2. Em segundo lugar: admito e reconheço como sinais certíssimos da origem divina da religião cristã os argumentos externos à Revelação, isto é, os feitos divinos, e em primeiro lugar os milagres e profecias, e sustento que são sobremaneira acomodados à inteligência de todas as idades e dos homens, mesmo os deste tempo;

3. Em terceiros lugar: creio igualmente com fé firme que a Igreja, guardiã e mestra da palavra revelada, foi próxima e diretamente instituída pelo próprio Cristo, verdadeiro e histórico, enquanto vivia entre nós, e que foi edificada sobre Pedro, príncipe da hierarquia apostólica, e sobre seus sucessores para sempre;

4. Em quarto lugar: aceito sinceramente a doutrina da fé transmitida até nós desde os Apóstolos por meio dos Padres ortodoxos, sempre no mesmo sentido e na mesma sentença; e, portanto, rechaço de ponta a ponta a invenção herética da evolução dos dogmas, que passariam de um sentido a outro diverso do qual primeiramente a Igreja sustentou. Igualmente condeno todo erro, pelo qual, ao depósito divino entregue à Esposa de Cristo para que por ela seja fielmente guardado, substitui-se uma invenção filosófica ou uma criação da consciência humana, lentamente formada pelo esforço dos homens e que, posteriormente, deve se aperfeiçoar por um progresso indefinido.

5. Em quinto lugar: Sustento com toda certeza e sinceramente professo que a fé não é um sentimento cego da religião que brota das profundezas do subconsciente, por pressão do coração e a inclinação da vontade formada moralmente. Ao contrário, sustento que é um verdadeiro assentimento do intelecto à verdade recebida de fora pelo ouvido, pelo que cremos ser verdadeiras as coisas que foram ditas, testemunhadas e reveladas pelo Deus pessoal, Criador e Senhor nosso, e cremos por autoridade de Deus, sumamente veraz.

Também me submeto com a devida reverência e de todo coração adiro às condenações, declarações e prescrições que estão na encíclica Pascendi e no Decreto Lamentabili:

1. Particularmente no relativo ao que chamam de história dos dogmas;

2. Do mesmo modo, reprovo o erro dos que afirmam que a fé proposta pela Igreja pode repugnar à história e que os dogmas católicos, no sentido em que agora são entendidos, não podem se conciliar com as mais exatas origens da religião cristã;

3. Condeno e rechaço também a sentença daqueles que dizem que o cristão erudito se reveste de dupla personalidade, uma de crente e outra de historiador, como se fosse lícito ao historiador sustentar o que contradiz a fé do crente, ou deitar premissas das quais se siga que os dogmas são falsos e duvidosos, contanto que não sejam negados diretamente;

4. Reprovo igualmente o método de julgar e interpretar a Sagrada Escritura que, sem levar em conta a tradição da Igreja, a analogia da fé e as normas da Sé Apostólica, segue os delírios dos racionalistas e abraça não menos livre que temerariamente a crítica do texto como regra única e suprema;

5. Rechaço também a sentença daqueles que sustentam que quem ensina a história da teologia ou escreve sobre essas matérias tem que deixar antes de lado a opinião preconcebida, ora sobre a origem sobrenatural da tradição católica, ora sobre a promessa divina de uma ajuda para a conservação perene de cada uma das verdades reveladas, e que, além disso, os escritos de cada um dos Padres devem ser interpretados apenas com os princípios da ciência, excluída toda autoridade sagrada, e com aquela liberdade de juízo com que se investiga qualquer monumento profano;

6. De maneira geral, finalmente, me professo totalmente alheio ao erro pelo qual os modernistas sustentam que, na Sagrada Tradição, não há nada de divino, ou, o que muito pior, admitem num sentido panteísta, de sorte que já não reste mais que o fato enxuto e simples, que se deve pôr no nível dos fatos comuns da história, a saber: homens que por sua indústria, engenho e diligência continuam nas idades seguintes a escola começada por Cristo e seus Apóstolos;

7. Portanto, mantenho firmissimamente a fé dos Padres e a manterei até o último sopro da minha vida sobre o carisma certo da verdade, que está, esteve e sempre estará na sucessão do episcopado desde os Apóstolos; não para que se sustente o que mais bem e mais apto possa parecer conforme à cultura de cada idade, mas para que nunca se creia de outro modo, nunca de outro modo se entenda a verdade absoluta e imutável pregada desde o princípio pelos Apóstolos.

Fica-se de joelhos e, estendendo a mão direita sobre os Santos Evangelhos, continua:

Tudo isso prometo que hei de guardar íntegra e sinceramente e custodiar inviolavelmente sem me apartar nunca, nem ensinando, nem de qualquer outro modo por palavra ou escrito. Assim, prometo; assim, juro; assim, ajude-me Deus e estes Santos Evangelhos de Deus.

Amém.


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   Sob minha bênção apostólica me despeço, no anseio de que esta Fraternidade Sacerdotal, faça o cumprir deste DECRETO, para que vivamos segundo o que nos é proposto e para que se realize uma evangelização integra de nossa Fé Católica para a salvação das almas.



In Christus,

Datum Romae dies, confraternitas praetorio, apud Episcopus et Superior pro Fraternitate sacerdotali Sancti Pii X, die XXIX mensis Decembris, anno MMXXXIII.

Et hvmilis in Domino servus,

+ Dom Ioseph Eugênio Ratzinger Ghislieri +
Bispo e Superior para a Fraternidade Sacerdotal São Pio X